Quando usamos o termo Segurança do Paciente estamos nos referindo a um conjunto de práticas adotadas pelas instituições de saúde visando reduzir os riscos de danos no atendimento. Essas ações devem ser prioritárias. Não é à toa que a temática consta no calendário comemorativo da Organização Mundial da Saúde, chamando a atenção para o fato que os incidentes associados a assistência respondem por taxas expressivas de morbidade e mortalidade no mundo. Nos hospitais, o gestor tem papel crucial para minimizar essas estatísticas alarmantes.
Dentre as atribuições do gestor, três têm maior impacto na segurança do paciente:
- a avaliação constante dos episódios envolvendo acidentes durante o atendimento e as suas causas;
- o monitoramento da frequência desses incidentes na estrutura hospitalar; e
- a elaboração de ações estratégicas com foco na melhoria do atendimento, que devem ser desenvolvidas junto às lideranças dos setores. Incorporadas à rotina dos hospitais, essas atividades preventivas geram um ambiente seguro e tranquilo para colaboradores e pacientes.
Mensuração de resultados e boa relação entre profissionais de saúde e familiares do paciente é fundamental
Para surtirem bons resultados, as práticas de segurança do paciente devem ocorrer numa via de mão dupla. Além do engajamento dos profissionais de saúde, a família do paciente deve estar comprometida com o cumprimento das normas hospitalares. Por sinal, a relação transparente e saudável entre familiares e colaboradores é vital para rápida recuperação do enfermo. Outro ponto importante para a segurança do paciente é avaliação mensal dos resultados das ações desse setor. Não adianta criar projetos mirabolantes, eles precisam atender a realidade da instituição e as expectativas da sua comunidade interna e externa. As análises periódicas ajudam a identificar os pontos mais vulneráveis dos programas e ajustá-los para a melhoria do atendimento hospitalar, colocando a instituição vários passos à frente na assistência de excelência.