O perfil do chamado Paciente 4.0 é a expressão do empoderamento do consumidor no setor da saúde. A boa experiência no relacionamento não tem preço para esse grupo, que valoriza o atendimento inovador, diferenciado pela tecnologia de ponta, mas que não abre mão da humanização, que só o ‘olho no olho’ pode oferecer. 

O equilíbrio entre tecnologia e humanização é um dos desafios da fidelização do Paciente 4.0 e para a integralidade da assistência. Para esse grupo de pacientes, conhecedor da força e valor da sua participação no atendimento médico, a consulta e os medicamentos eficazes, o exame sofisticado e a cirurgia bem sucedida, vistos de forma individual, não são suficientes. Esses elementos são avaliados por eles a partir de um conjunto harmonioso no ecossistema da assistência. 

O Paciente 4.0, tanto no sistema público quanto no particular, está preparado para argumentar e discutir sobre qualquer aspecto do seu tratamento, deixando no passado a conduta de passividade quando pisa em uma unidade de saúde. O exercício médico, nesse conceito de consumo, passa a ser mais humanizado e mais cooperativo. 

Vamos conhecer melhor o Paciente 4.0? 

Ele está pronto para a decisão compartilhada, na qual a avaliação do médico tem base nas preferências e dados revelados pelo paciente, que deixa de ser receptor passivo para questionar e avaliar junto ao profissional de saúde os diagnósticos e orientações recebidas. 

Opina sobre o seu tratamento, seja quanto ao uso de tecnologia ou de um medicamento prescrito, valorizando os seus objetivos, pesando a sua condição financeiras, características do plano de saúde e não perdendo de vista as suas expectativas com os resultados.

Exige estar no centro da assistência, o atendimento humanizado e avançado, num equilíbrio perfeito entre esses dois pontos. Nesse sentido, o atendimento interdisciplinar é o mais indicado para satisfazer os anseios do Paciente 4.0. 

É antenado, busca informações na web, avaliações de outros especialistas, vai atrás de todos complementares da técnica ou tratamento indicado pelo médico. Assim, exige um esforço muito maior do profissional para esclarecer os aspectos e etapas da assistência.